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Setembro Amarelo


Todos nós devemos atuar ativamente na conscientização da importância que a vida tem e ajudar na prevenção do suicídio, tema que ainda é visto como tabu. É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.

Quando uma pessoa decide terminar com a sua vida, os seus pensamentos, sentimentos e ações apresentam-se muito restritivos, ou seja, ela pensa constantemente sobre o suicídio e é incapaz de perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe.

Se informar para aprender e ajudar o próximo é a melhor saída para lutar contra esse problema tão grave. É muito importante que as pessoas próximas saibam identificar que alguém está pensando em se matar e a ajude, tendo uma escuta ativa e sem julgamentos, mostrar que está disponível para ajudar e demonstrar empatia, mas principalmente levando-a ao médico psiquiatra, que vai saber como manejar a situação e salvar esse paciente.

O suicídio é um importante problema de saúde pública, com impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama.

Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.

As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).

Embora alguns países tenham colocado a prevenção do suicídio no topo de suas agendas, muitos permanecem não comprometidos. Atualmente, apenas 38 países são conhecidos por terem uma estratégia nacional de prevenção do suicídio.

 

O comportamento suicida pode surgir como consequência de diversos fatores, desde transtornos psicológicos, como depressão, esquizofrenia ou transtornos de personalidade, até comportamentos e situações socioeconômicas, como sofrer descriminação, ter sofrido uma perda muito forte ou fazer consumo de drogas,

No entanto, este tipo de comportamento pode ser evitado, especialmente quando os familiares ou amigos conseguem identificá-lo a tempo, ajudando a pessoa a procurar ajuda profissional e iniciar o tratamento adequado.

A presença do vazio ou tristeza geralmente manifesta-se através de um rosto triste, olhos caídos olhando para o nada, sem brilho e tronco curvado. É ainda frequente que a pessoa tenha crises de choro ou que chore muito facilmente, tendo falas voltadas para o pessimismo, culpa e baixa autoestima.

É ainda comum apresentar um sentimento de inutilidade e, por isso, pessoas que estão desenvolvendo a depressão apresentam vontade de isolar-se dos amigos e da família, antes de pensar em "soluções" mais severas como o suicídio

As pessoas que possuem depressão referem sentir uma tristeza diferente do "normal", que não melhora com a adoção de atitudes que a aliviam e que é normalmente acompanhada por uma sensação de vazio, apatia, desinteresse e falta de vontade para realizar as atividades.

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Principais sinais de comportamento suicida

Falta de vontade para realizar atividades que davam prazer

Este é o principal sintoma da depressão e está presente desde o início da doença, podendo agravar-se à medida que o transtorno evolui. Isso porque o transtorno depressivo pode fazer com que a pessoa tenha mudanças repentinas e transitórias do estado de humor, podendo ficar mais susceptível ao choro, por exemplo.

 

Fazer ameaças de suicídio

A maior parte das pessoas que estão pensando em suicídio irão informar um amigo ou familiar das suas intenções. Embora esse comportamento, muitas vezes, seja visto como uma forma de chamar a atenção, nunca deve ser ignorado, especialmente se a pessoa está vivendo uma fase de depressão ou de grandes alterações na sua vida.

Mostrar tristeza excessiva e isolamento

Estar frequentemente triste e sem vontade para participar em atividades com os amigos ou fazer o que se fazia antigamente são alguns sintomas de depressão, que, quando não tratada, é uma das principais causas do suicídio.

Normalmente, a pessoa não consegue identificar que está com depressão e acha apenas que não está sendo capaz de lidar com as outras pessoas ou com o trabalho, o que, ao longo do tempo, acaba deixando a pessoa desanimada e sem vontade para viver.

Mudança nos hábitos de sono e alimentação

Algumas mudanças repentinas no comportamento como alterações do sono e do apetite, além de mostrar um comportamento tranquilo e despreocupado após um grande período de tristeza, depressão ou ansiedade, pode ser um sinal de que a pessoa tem pensamentos suicidas, porém isso não é uma regra.

Muitas vezes, esses períodos de calma podem ser interpretados pelos familiares como uma fase de recuperação da depressão, podendo ser difícil de identificar, devendo ser sempre avaliados por um psicólogo para confirmar que não existem ideias suicidas.

Perda de interesse em atividades prazerosas

É comum que a pessoa com comportamento suicida perde a vontade e o interesse por atividades que antes traziam prazer, como dançar, sair com amigos, ler ou escutar música, por exemplo. Isso porque a situação emocional em que se encontra impede a pessoa de sair do pensamento contínuo de acabar com a sua vida, focando sua atenção nesse objetivo, deixando em segundo plano outras atividades do dia a dia, como ir ao cinema, fazer comprar, entre outros.

Isolamento social

As crises emocionais que acontecem na pessoa com pensamentos suicidas fazem com que aconteça um afastamento de seus círculos sociais, como amigos, família, trabalho ou escola, por exemplo, o que aumenta os pensamentos de querer pôr fim à vida.

Por isso, é importante que diante da ausência de um amigo ou familiar de eventos sociais, além de mudanças no estilo de vida, como descuido repentino com a aparência e, até mesmo, verbalização do desejo de morrer, é importante que a ajuda seja procurada.

Uso e abuso de álcool e drogas

O comportamento suicida frequentemente é acompanhado por transtornos psicológicos como depressão e transtornos da personalidade, os quais podem fazer com que a pessoa consuma álcool ou drogas de abuso com o objetivo de fugir da situação em que se encontra, aumentando a gravidade dos sintomas depressivos e favorecendo o comportamento suicida.

Alterar o comportamento ou descuido pessoal

Uma pessoa com ideias suicidas pode comportar-se de forma diferente do habitual, falando de outra forma, deixando de conseguir entender o humor de uma conversa ou, até, participando em atividades de risco, como utilizar drogas, ter contato íntimo desprotegido ou dirigir a grande velocidade.

Além disso, como na maioria das vezes já não existe interesse pela vida, é comum que se deixe de dar atenção para a forma como se veste ou se cuida, utilizando roupa velha, suja ou deixando crescer o cabelo e a barba.

Tratar de assuntos pendentes

Quando alguém está pensando cometer suicídio é comum começar a fazer várias tarefas para tentar organizar sua vida e terminar assuntos pendentes, como faria se fosse viajar por muito tempo ou viver para outro país. Alguns exemplos são visitar familiares que já não vê há muito tempo, pagar pequenas dívidas ou oferecer vários objetos pessoais, por exemplo.

Em muitos casos, também é possível que a pessoa gaste muito tempo escrevendo, o que pode ser um testamento ou até uma carta de despedida. Por vezes, estas cartas podem ser descobertas antes da tentativa de suicídio, ajudando a evitar que aconteça.

Como ajudar e prevenir o suicídio

Quando se tem suspeita de que alguém próximo pode estar apresentando pensamentos suicidas, o mais importante é demonstrar compreensão e empatia por essa pessoa, tentando compreender a situação e os sentimentos associados. Por isso, é importante perguntar à pessoa sobre o seu estado de ânimo, saber se a pessoa está triste, deprimida e se está pensando em suicídio.

Em seguida, deve-se buscar ajuda de um profissional qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra, que têm como objetivo tentar mostrar à pessoa que existem outras soluções para o seu problema, que não o suicídio.

As tentativas de suicídio são, na maioria das vezes, impulsivas e, por isso, para prevenir uma tentativa de suicídio também se deve retirar todo o material que possa ser utilizado para se suicidar, como armas, comprimidos ou facas, dos locais onde essa pessoa passa mais tempo. Isto evita comportamentos de impulsividade, fazendo com que se tenha mais tempo para pensar numa solução menos agressiva para os problemas.

 

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