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Hipertensão arterial: uma doença silenciosa!

Hipertensão arterial é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis da pressão arterial sistólica ≥ 140 e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco, modificáveis e não modificáveis, como idade, sexo e etnia, dislipidemia, excesso de peso e obesidade, tabaco, sedentarismo, ingestão de sódio e álcool, intolerância à glicose e diabetes melito.

Mantém associação independente com eventos como morte súbita, acidente vascular encefálico (AVE), infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca e renal, doença arterial periférica.

Atualmente, sabe-se que existe a pré-hipertensão uma condição caracterizada por pressão arterial sistólica entre 121 e 139 e/ou pressão arterial diastólica entre 81 e 89 mmHg.

A pré-hipertensão associa-se a maior risco de desenvolvimento de Hipertensão Arterial e anormalidades cardíacas.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de hipertensão arterial são modificáveis.

• Excesso de peso e obesidade:

O excesso de peso, que compreende o sobrepeso e a obesidade, é multifatorial com predominância da associação de dieta hipercalórica e falta de atividade física, é atualmente aceita como um dos fatores de risco a saúde mais fáceis de prevenir.

O ganho de peso a médio e longo prazo aumenta consideravelmente a incidência de hipertensão arterial e do risco cardiovascular.

A perda do peso, redução do IMC e circunferência da cintura abdominal, são, portanto, medidas fundamentais para tratar e prevenir a hipertensão arterial.

• Ingestão de sal:

O consumo excessivo de sódio, um dos principais fatores de risco para hipertensão arterial, associa-se a eventos cardiovasculares e renais.

• Ingestão de álcool:

O consumo crônico e elevado de bebidas alcoólicas aumenta a pressão arterial de forma consistente.

Em mulheres, houve efeito protetor com dose inferior a 10g de álcool/dia e risco de HA com consumo de 30-40g de álcool/dia. Em homens, o risco aumentado de HA tornou-se consistente a partir de 31g de álcool/dia.

• Sedentarismo:

Os adultos devem envolver-se em pelo menos 150 minutos por semana de atividade física de intensidade moderada acumulada ou 75 minutos por semana de atividade física de intensidade vigorosa.

• Alimentação:

Idodos os adultos devem consumir uma dieta saudável que enfatize a ingestão de vegetais, frutas, nozes, cereais integrais, vegetais ou proteínas animais (ex:peixe) e minimizar a ingestão de gorduras trans, carnes processadas, carboidratos refinados e bebidas açucaradas.

• Tabaco:

Todos os adultos devem ser avaliados em todas as consultas de saúde para uso de tabaco, e aqueles que usam tabaco deve ser assistida e fortemente aconselhada a desistir.

• Roncos noturnos:

Há uma relação entre roncos noturnos e a apneia do sono em relação ao aumento da pressão arterial. A apneia afeta a qualidade de oxigenação do cérebro durante o sono, e uma das consequências disso é a hipertensão.

A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, por isso é importante realizar um check-up periódico, especialmente se você tem familiares com pressão alta. E se for diagnosticado com o problema, é preciso fazer o controle adequado, incluindo principalmente mudança de estilo de vida e uso regular das medicações.

A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular encefálico (AVC), aneurisma arterial, infarto do miocárdio, insuficiência renal e cardíaca.

Se você é hipertenso ou pré-hipertenso, siga à risca as orientações de seu cardiologista!

Responsável Técnico: Dra. Glaciela Garbeloti Soares

CRM: 26.477. RQE Nº: 19.058

Título de especialista em cardiologia pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Cardiologia com áreas de atuação em ecocardiografia pelo departamento de imagens cardiovasculares.